Dieta cetogênica X Esclerose múltipla

 


A dieta cetogênica pode trazer benefícios?



Uma boa notícia aos pacientes com Esclerose Múltipla! O estilo cetogênico, que surgiu, primeiramente, como uma conduta terapêutica para casos de epilepsia refratária em crianças, parece ter potencial benéfico também no tratamento dos pacientes com EM. Um novo estudo, publicado em junho de 2022, analisou 65 pacientes por um período de 6 meses e concluiu que a cetogênica foi capaz de melhorar a fadiga dos pacientes, composição corporal, depressão, inflamação e, principalmente, o EDSS (Expanded Disability Status Scale, ou Escala Expandida do Estado de Incapacidade). Ou seja, a cetogênica pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com EM.

Dito isso, vamos esclarecer o que é, afinal, a "dieta cetogênica". Ela leva este nome pois induz o organismo a um estado de "cetose", um processo normal do organismo, que é considerado o "coração" desta modalidade alimentar. Este mecanismo ocorre para nos ajudar a sobreviver quando a ingestão de carboidratos é baixa. Por isso, ela é conhecida por ser uma dieta baixa em carboidratos, aonde o corpo produz cetonas no fígado para ser usado como energia.

A cetose consiste num estado metabólico em que o corpo, em lugar de usar a glicose para obter energia, a extrai dos chamados corpos cetônicos - um dos produtos do processo de oxidação dos ácidos graxos no fígado. Estes ácidos graxos atualmente estão armazenados nas suas células em forma de gordura. Embora pareça algo simples, o processo é mais complexo que se imagina, podendo levar de 3 a 7 dias para que o corpo entre em cetose.

Para aqueles que já têm um indicativo de seu médico/nutricionista para seguir este tipo de dieta, nas refeições "principais", deve-se preconizar também a ingestão de verduras e legumes de baixo teor de carboidratos, como folhas verdes e vegetais crucíferos, para que não ocorra uma desregulação do funcionamento intestinal (problemas digestivos e constipação), portanto, durante as primeiras semanas, é importante dar atenção para o consumo destas fibras!


Ref:

doi: 10.1136/jnnp-2022-329074

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